Olá, venener. Bom sábado pra você! Já foi na feira? Já higienizou tuas compras? Encontrou promoção de azeite nos últimos dias? risos. Até que consegui dormir um tiquinho mais nos últimos dias, mas continuei de mau humor pois esta foi a Semana do Meio Ambiente.
Realmente, mona, vamos frear o aumento da temperatura na Terra aproveitando os talos da salsinha numa farofa ou comprando cerveja de embalagem retornável. Sabe? Eu tenho vontade de colocar fogo nesse tipo de conteúdo hahahaha.
Tia Marina Silva aproveitou o encejo pra mostrar serviço e divulgou as últimas do seu ministério, o do Meio Ambiente. Contratou gente, criou reservas e unidades de conservação no Amazonas e na Bahia, lançou um programa pra proteger os manguezais, mais um monte de coisa lá. Da longa lista de ações, duas me chamaram atenção:
🍃 A sugestão de criarmos algum instrumento jurídico pra poder decretar “emergência climática” nos municípios, a exemplo dos gaúchos recentemente e das cidades do Norte que sofreram com a última seca bizarra. Isso por si só já acionaria uma série de medidas de apoio, agilizaria a logística e obrigaria o estado a pensar num plano de mitigação. Por enquanto, tudo ainda no campo das ideias.
🍃A assinatura do pacto entre governos estaduais e o federal pra proteger e controlar incêndios no Pantanal e na Amazônia. Importantíssimo, especialmente porque a própria ministra já antecipou que o bioma do centro-oeste deve viver uma estiagem histórica nos próximos meses, o que agrava as chances de incêndios apoteóticos. E não tem como prevenir e reduzir esses danos sem enfrentar pecuarista, né? O governo tá disposto? Os governadores vão deixar de defender os interesses de quem os elegeu? Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, e Mauro Mendes, do Mato Grosso, eu duvido.
Boa leitura!
🌎 GIRO DE NOTÍCIAS
Conselho de nutricionistas lança campanha contra a busca por corpo perfeito
No livro A torção dos sentidos, João Pedro Cachopo jogou na roda a provocação de que o uso exacerbado das redes sociais gera uma sensação de proximidade com quem tá longe, ao mesmo tempo em que nos distancia de quem tá próximo. Segundo o filósofo português, esse é um dos legados da pandemia, mas que já nos alcançaria mais cedo ou mais tarde. O isolamento social só acelerou o processo.
A crise da covid-19 também não inaugurou a fome, a disparada no preço de itens básicos, a uberização do trabalho, a febre dos aplicativos de comida, o patriarcado, muito menos a busca infinita por um corpo magro, definido, harmonioso, perfeito.
No entanto, à medida que nos projetamos em telas com uma frequência maior e assistimos a outras pessoas fazerem o mesmo, aquela papada embaixo do queixo pode passar a incomodar mais. E ela nunca vem sozinha. Em algum momento será a vez do bigode chinês, do cabelo branco, da sobrancelha fina, das espinhas, dos braços poucos definidos, dos índices de gordura corporal a reduzir.
No ônibus, na praia, no escritório ou no self service é diferente. Todo mundo tá um tiquinho menos editado, por mais que a testa esteja atochada de botox. A comparação existe, causa desconforto, mas não se compara. Já na internet, somos todes a nossa melhor versão, muitas vezes alcançada com filtros, aplicativos de edição, aquela roupa que favorece um atributo específico, etc.
Dois grandes mercados despontaram de forma surpreendente nesses anos pós pandemia de covid: a indústria da dieta e o setor fitness, que inclusive se cruzam. No ano passado, gastos com academias, programas de treino, moda fitness e suplementos alimentares cresceram 35%, movimentaram R$8 bilhões e alcançaram 0,13% do PIB nacional, sendo 3% do PIB do setor de serviços.
Pessoas nascidas entre 1982 e 1994, a Geração Y, gastam mais, representam 45,9% desses gastos. Quando o assunto é renda, o maior crescimento em volume de compras de produtos fitness foi da galera que recebe até UM SALÁRIO MÍNIMO!!!! Comparando com 2022, esse público gastou 36% mais com whey, leggings e matrículas em academias no ano passado.
Se for possível separar os dois mercados, a indústria do emagrecimento continua líder suprema e absoluta nos lucros. Por um detalhe em especial, que também não é novidade: os medicamentos pra perda de peso. Afinal, é raro que estejamos falando de saúde quando falamos de peso, né? E ainda vale tudo pra emagrecer diante de tanta pressão social, mesmo que isso custe a conta bancária, a vida social, os rins, o fígado, a saúde mental.
Pra citar um exemplo estarrecedor, só o laboratório dinamarquês fabricante do Ozempic vale mais no mercado do que o próprio PIB do país de origem. A empresa já superou a Nestlé e se consolidou como a segunda maior do continente europeu (perdendo apenas pra Louis Vuitton). Em 2023, a farmacêutica lucrou 35 bilhões de dólares.
Nos Estados Unidos, país que costuma encabeçar as tendências de consumo na América Latina, 12% dos adultos afirmam já ter usado algum medicamento do tipo GLP-1, como Ozempic ou Wegovy. Ambos foram lançados para controlar os níveis de açúcar no sangue, mas se alastraram feito imbecil negacionista porque retardam o esvaziamento do estômago e prolongam a saciedade, ou seja, acabando contribuindo pra perda de peso.
A aposta na explosão nas vendas dessas drogas com o foco no emagrecimento é tanta que outros setores já planejam tirar uma casquinha. A supracitada Nestlé, reconhecida mundialmente pelos satisfatórios serviços prestados à humanidade, risos, já anunciou uma linha de produtos congelados voltada a usuários dos medicamentos. Tudo começará nos Estados Unidos, of course.
Por enquanto, Dona Nestlé não poderá fazer menções aos medicamentos diretamente nas embalagens. Então vai só aprontar o que a gente já conhece bem: dar pistas no rótulo e deixar a estratégia mais abusiva pras campanhas de marketing nas redes sociais, onde é mais difícil regular.
No fogo cruzado dessas ofensivas de cifras bilionárias, também estão os profissionais da saúde. Se com qualquer Silva a lavagem cerebral já é imensa, você imagine o nível de assédio que rola com médicos e nutricionistas, que podem recomendar produtos diversos, muitos ainda sem evidências, visando o corpo dos sonhos dos pacientes. No momento, ninguém sabe até quando, tem que ser enxuto e ao mesmo tempo sarado, esculpido, performático, funcional e em constante aperfeiçoamento.
Aliás, você já reparou como a dupla atividade física + alimentação se transformou num caminho pra atingir objetivos individuais infinitos? E é isso. Tem que ter metas, metas, mais metas. Quando atinge uma, tem que dobrar a meta hahahaha. E do nada estamos todos falando em hipertrofia e pesquisando os benefícios do picolinato de cromo como se fossem personagens da novela das 9.
Ainda bem que existe a turma da ciência e do bom senso, que tenta impor uma barreira ao alastramento dessas tendências, que questiona padrões, modismos e trabalha pelo que interessa: a saúde. No último Congresso Brasileiro de Nutrição, que rolou no finalzinho de maio em São Paulo, um grupo de profissionais lançou a campanha “Nutrição sem Estereótipos”.
A ideia veio do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região e almeja celebrar a diversidade de corpos e evitar que a nutrição seja um instrumento de formatação corporal. OBRIGADA!
"A Nutrição Sem Estereótipos vai de encontro à narrativa da busca pelo corpo 'perfeito', em detrimento da saúde, e visa conscientizar a população e os profissionais da saúde sobre a necessidade de reflexão acerca dos padrões de beleza e dietas da moda, sem evidências científicas, expostos nas redes sociais, representando um grande perigo para as pessoas.”
Fala da nutricionista Rosana Nogueira, presidente do CRN-3
Falando apenas por mim, minha adolescência e começo da vida adulta teriam sido muito mais divertidos, sem noias, se os profissionais de saúde que me atenderam tivessem questionado meu desejo de perder uns quilos. Nunca me esqueço de uma nutri que ainda completou com a frase: “é bom mesmo porque depois dos 30 não emagrece mais”.
O Ministério do Veneno adverte: médicos estão proibidos de fazer publicidade de qualquer tipo. Nutricionistas também tão impossibilitados de participar de publicitárias relacionadas à alimentação e suplementação. Pra protocolar uma denúncia, é preciso reunir imagens ou vídeos que comprovem exercício ilegal da profissão, e descobrir a região do registro da pessoa. Aí basta entrar na página do conselho regional em questão e preencher os dados solicitados.
👀 Pra ficar de olho: o lobby tá grande pro Ozempic entrar no SUS. Reportagem do Joio e o trigo.
🫨 Pra se surpreender: a indústria alimentícia também sabe usar o discurso contra dietas pra espalhar desinformação e lucrar mais. Reportagem do The Intercept.
💡 Pra ver por outro ângulo: a busca pela magreza sob o ponto de vista do desejo do controle. Entrevista do canal Eu vejo, da Daiana Garbin, com a psicanalista Cybelle Weinberg.
📝 Pra aprofundar: documentário Embrace, sobre uma fotógrafa e mãe australiana que percorreu uma longa jornada atrás do corpo perfeito. Quando atingiu seus objetivos, percebeu que nada daquilo fazia sentido e foi conversar com outras mulheres pelo mundo sobre o assunto. Pena que a Netflix tirou do catálogo e agora só achamos sem legendas. Obrigada pelo link, Vinicius! :)
A maisena de milhões
Com regulamentação recente e pouca fiscalização, indústria dos suplementos deita e rola nas fraudes
Mais uma vez a pandemia. O mercado de suplementos andava xoxo até então. Nos primeiros meses de isolamento social as vendas caíram, principalmente os potes de pós associados à atividade física.
No começo de 2021, entretanto, duas categorias ressuscitaram das cinzas: as vendas de cápsulas de vitamina D, zinco e polivitamínicos, incentivadas por fakes news de WhatsApp que prometiam o aumento da imunidade contra o vírus respiratório; além dos suplementos “esportivos”, como whey, BCAA, coenzina Q10 e creatina, impulsionados pela reabertura das academias.
Desde então, apenas os suplementos esportivos renderam R$ 4,3 bilhões nos bolsos no ano passado. Segundo a consultoria de mercado Euromonitor, esse número vai mais do que dobrar até 2028.
O problema é que a regulamentação e a fiscalização não acompanham o mesmo fluxo, assim como acontece com as peripécias da indústria de alimentos e os agrotóxicos. No Brasil, também é responsabilidade da Anvisa ditar as regras do setor de suplementos, coisa que só tomou forma em 2018, depois de dez anos de debate.
De acordo com a agência reguladora, suplemento alimentar é um produto para ingestão oral, apresentado em formas farmacêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados.
Até o fatídico ano da eleição do ladrão de joias, os suplementos eram produtos liberados basicamente pra atletas e gestantes. Agora, são seis normativas que formam o novo marco regulatório. Quem já tava no mercado teve até julho de 2023 pra se adequar. Já as marcas que surgiram depois de 2018, precisaram aterrissar no mercado seguindo as novas regras.
As diretrizes da Anvisa listam as substâncias permitidas e proibidas nas formulações, estabelecem limites mínimos e máximos para as quantidades de nutrientes, além de listar as informações que precisam constar nas embalagens.
Foram autorizadas 189 alegações nas embalagens dos produtos referentes a 46 ingredientes. Sobre a cafeína, por exemplo: a informação de que a substância auxilia no aumento da capacidade de resistência e no desempenho de exercícios físicos é restrita aos suplementos alimentares cuja quantidade recomendada de cafeína seja de 200 mg, consumida uma hora antes do exercício.
Sobre os suplementos proteicos, apenas duas alegações são permitidas nas embalagens:
🔸 As proteínas auxiliam na formação dos músculos e ossos.
🔸A proteína de soja auxilia na redução do colesterol.
Em relação à creatina, o suplemento esportivo do momento, apenas uma alegação é liberada pela Anvisa por ser a única com respaldo científico até o momento:
🔸As empresas só podem informar nas embalagens que: a creatina auxilia no aumento do desempenho físico durante exercícios repetidos de curta duração e alta intensidade.
Mesmo assim, fazendo uma busca rápida na internet, a gente acha dezenas de produtos que descumprem as regras. Muitos deles, inclusive, recomendados por influencers fitness com milhões de seguidores:
As alegações exageradas, que carecem de evidências científicas mais robustas, tão longe de ser a grande treta relacionada aos suplementos esportivos. A falta de fiscalização é tamanha num mercado tão aquecido que as fraudes nas composições viraram quase rotineiras.
Segundo relatório da Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), divulgado agora em maio, 25 de 66 creatinas vendidas no Brasil foram reprovadas. Há marcas que apresentavam impurezas acima do permitido, substâncias não descritas nas embalagens ou uma concentração de creatina menor do que a descrita.
Uma operação do Procon-RJ, em 2020, chegou a interditar uma fábrica de suplementos que vendia amido de milho em embalagens de creatina. Amido de milho puro! Tô com muita vontade de rir, mas não deveria hahaha, perdão.
O Programa de Pós-graduação em Toxicologia e Análises Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP também publicou um estudo onde analisou a composição de 230 suplementos de vários tipos. Do total, 25% da amostra apresentou algum tipo de fraude.
Vários apresentaram cafeína sem descrever a substância entre os ingredientes e muitos continham princípios ativos de medicamentos que não foram liberadas pela Anvisa. Entre os mais problemáticos: a sibutramina, associada à perda de peso, a furosemida, um diurético que exige receita médica, e fenolftaleína, um laxante proibido no Brasil. Segundo os pesquisadores, o grupo de suplementos com mais alterações perigosas é o dos associados à perda de peso.
Por fim, não custa relembrar o óbvio: a promoção pode ser maravilhosa, o influencer pode prometer a volta de Jesus em cápsulas, mas suplemento alimentar precisa sempre ser prescrito por um profissional da saúde, que deve inclusive acompanhar o uso. Além disso, nenhum nutriente isolado jamais substitui um alimento como um todo, como argumenta o nosso Guia Alimentar para a População Brasileira:
(…) o efeito de nutrientes individuais foi se mostrando progressivamente insuficiente para explicar a relação entre alimentação e saúde. Vários estudos mostram, por exemplo, que a proteção que o consumo de frutas ou de legumes e verduras confere contra doenças do coração e certos tipos de câncer não se repete com intervenções baseadas no fornecimento de medicamentos ou suplementos que contêm os nutrientes individuais presentes naqueles alimentos. Esses estudos indicam que o efeito benéfico sobre a prevenção de doenças advém do alimento em si e das combinações de nutrientes e outros compostos químicos que fazem parte da matriz do alimento, mais do que de nutrientes isolados.
🪴 SEGURA O CÉU
[Este é o novo quadro do Jornal do Veneno, que vai trazer iniciativas ecológicas e interessantes para macetar o apocalipse. O nome do quadro é inspirado no livro “A queda do céu”, escrito pelo antropólogo Bruce Albert e pela liderança yanomami Davi Kopenawa. Os yanomami entendem que a ganância capitalista dos brancos vai derrubar o céu, ou seja, destruir a vida humana na Terra]
O segundo maior país da América Latina acaba de nos presentear com aquela sensação de luzinha no fim do túnel. Não faltaram textões e análises otimistas acerca da vitória de Claudia Sheinbaum por aí, mas eu destaco outro elemento a se comemorar: a ausência de candidaturas de extrema direita nas eleições presidenciais mexicanas.
No fundo, quem tem Trump por perto e a sente na pele a xenofobia, o aumento das barreiras contra imigração nos EUA, as tensões na fronteira, têm menos fôlego pra eleger um traste ao estilo Milei ou Bolsonaro, né?
Sem dúvidas, o país do guacamole nadou contra muitas correntes nessas eleições. A candidata vitoriosa começou sua carreira política como secretária de meio ambiente da prefeitura da Cidade do México na época em que o atual presidente, Andrés Manuel Lopez Obrador, governou a cidade. Depois, ela mesma assumiu o cargo.
Enquanto prefeita, a gata de 61 anos foi muito elogiada por iniciativas verdes. Investiu em frotas de ônibus elétricos, instalou painéis solares nos mercados municipais, sancionou uma lei que reduz o uso de plásticos na cidade.
O legado não é a toa, já que estamos falando de uma física com doutorado em engenharia na energia, que inclusive já compôs o painel da ONU sobre as mudanças climáticas, o IPCC. Na pandemia, Claudia foi capaz de fazer o mínimo, como defender o uso de máscara e endossar os cuidados com a transmissão do vírus, ao contrário do seu padrinho Obrador.
Mas assim como outros gestores de esquerda da América do Sul, como Boric, do Chile, e Petro, da Colômbia, a primeira presidente da história do México reúne várias contradições. Coloca-se como feminista, mas mandou a polícia da Cidade do México descer o cacete durante manifestações a favor dessa agenda.
Seu plano de campanha destaca a preocupação com o aquecimento global e a necessidade de uma transição energética no país, ao mesmo tempo em que fala de soberania nacional na área de produção de energia e fortalecimento das empresas de combustíveis fósseis. As semelhanças com o governo Lula não são mera coincidência.
O México é o segundo maior emissor de carbono da América Latina. Só fica atrás da terra da mandioca. E ocupa o décimo segundo lugar entre os poluidores globais. No ano passado, 78% da eletricidade gerada no México dependia de combustíveis fósseis. Depois vinham as fontes eólica (5,9%), hidrelétrica (5,9%), solar (5,2%) e nuclear (3,4%).
Passando a posse em outubro, a nova presidente deve vir ao Brasil pra reunião de cúpula do G20, bloco do qual o México também faz parte. Vamos ver se a bonita vai bater na mesa e exigir metas ousadas contra o aquecimento global entre os colegas ou só vai produzir fotos instagrameáveis com a comadre Marina Silva.
Comercialmente, México e Brasil competem nas exportações dentro do continente americano. Mas de qualquer jeito somos muy amigos quando o assunto é fechar o cerco contra o crescimento da extrema direita. Diferente de Lula, inclusive, Dona Claudia foi eleita com maioria no congresso. Deve aprovar suas medidas com menos sacrifício, outra boa notícia.
Pra quem entregou uma edição passada mais enxuta, até que hoje eu hablei, hein? hahahaha
Obrigada pela companhia e por dividir a atenção nesses temas tão espinhosos junto comigo.
Te encontro sábado que vem? Um beijo,
Juliana.
Observação final: Ah! O pix pra quem quiser apoiar este jornal por fora do Substack ou pingar um extra aqui: jornaldoveneno@gmail.com
Eu consumo proteína isolada, mas com recomendação da nutricionista após avaliação dos meus macronutrientes, indicação da nutri para eu aumentar minhas leguminosas e eu confessar pra ela que teria dificuldade em aumentar minhas fontes vegetais de proteína. Assim, o pózinho veio como um auxílio pra equilibrar essa conta. E as vezes bate uma culpa de usar, mas daí lembro que as estrelas da minha alimentação são arroz com feijão, que a correria da vida nos atropela e tá tudo bem, também. Desde que estejamos de olhos bem abertos para as armadilhas do capital :)
Olha, a parte sobre os nutricionistas me pegou, viu. Achei o fim da picada pagar caríssimo por uma consulta e a profissional ficar me indicando suplementos que ela tinha cupom sem nenhuma indicação nos meus exames, mas caso eu tenha "objetivos individuais". Muito antiética a bonita, além de cara de pau né. Com falas do tipo: Ah... sua consulta é muito fácil porque vc só quer acompanhar, não tem nenhum objetivo individual. Vê se pode! Mesmo assim me receitou e colocou os cupons na indicação. Até proteína, mesmo sem eu ter nenhuma carência.