11 Comentários

Nossa, as informação da tua dissertação chegaram a me arrepiar! Trabalhei alguns anos na educação, em escolas estadual e municipal periféricas e hoje o esposo é quem segue atuando, professor de artes numa escola municipal. São tantas coisas, tantas lembranças. A escola pública pode ser um espaço de tanta opressão e reprodução de violências, mas também tem tanta potencialidade, tantas oportunidades transformadoras na vida de todos que por ela passam.. Viva a educação pública inclusiva, diversa e libertadora!

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jul 23Curtido por Juliana Gomes

triste, mas muito importante. acho que esse foi o jornal do veneno que mais me impactou até hoje.

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Estou passando por um desafio em relação ao PNAE. Trabalho com acompanhamento técnico de agricultores orgânicos na região do Extremo Sul da Bahia, e muitos produzem alimentos orgânicos certificados, mas não conseguem vender pro PNAE. Ao mesmo tempo que devo lutar pro edital do ano que vem prever alimentos orgânicos, isso comeria parte do orçamento das escolas, que poderia ir pra alimentos in natura convencionais, que ainda são melhores que ultraprocessados. É duro demais essa lógica de escassez que o capitalismo cria, faz parecer que tá faltando alimento quando na verdade o que falta é bom senso e vergonha na cara de quem administra.

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Sou nutricionista e fiz estágio na cozinha de uma escola de educação infantil particular e é muito muito muito triste ver a diferença do que era ofertado aos alunos. Lanche, fruta e suco, arroz, feijão e vegetais... (Claro, na cantina, pra comprarem, era uma surra de ultraprocessados)

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jul 20Curtido por Juliana Gomes

Em relação com as escolas públicas, vim de escola pública, só Deus sabe como conseguir termina o ensino médio, estudo para pobres não dá "dinheiro ", tive que fazer o ensino médio a noite pra eu trabalhar, no 1 ano, tinha jantar. Mas do nada cortaram a jantar, quem estuda a noite e porque chega do trabalho cheio de fome, aí foi trocado pelos biscoitos e suco de caixa, que raiva, em relação aos menores infratores e bem complicado, porque não tem acolhimento para os (diferentes) autistas, cadeirantes... imagina pra eles. Como ex moradora de favela, hoje me vejo fora dela, e sei que a maioria entra para criminalidade por vários fatores. Mas a maioria é que não tem família estruturada, digo: que sou uma sobrevivente, porque a vida em favela não é fácil.

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jul 20Curtido por Juliana Gomes

Eu fico maluca com essa questão dos ultraprocessados nas escolas! Todo dia as crianças vêm reclamar comigo que o lanche ou o café da manhã é só biscoito. Quando é biscoito com achocolatado então, eu quero chorar. Aí eu vou perguntar pras nutricionistas quando elas dão as caras nas escolas em que eu trabalho e elas não sabem explicar, pq teriam que criticar os governos pros quais elas trabalham, pq as escolas estão recebendo esses ultraprocessados diariamente.

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É triste ver como as histórias são parecidas e se repetem, não importa muito o lugar do Brasil. Me sinto impotente enquanto professora, de receber aluno em LA sem prspectivas, de perder esses mesmos alunos que somem e sabemos que estão nas ruas sem nenhum tipo de referência ou ajuda... E enquanto isso, somos massacrados por índices, metas, vamos fazendo vaquinha pra comprar óleo, papel higiênico... Isso no Estado mais rico do país. Dói muito participar dessa realidade, mas seguimos sabendo que às vezes a única referência que alguns alunos têm são os professores.. e vamos agindo pelas frestas do sistema.

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jul 20Curtido por Juliana Gomes

Estou acabada com sua tese.. normalização e fechar de olhos para isso e de doer até os ossos.. e a pá de cal veio com o trecho de morte e vida Severina..Socorro Deuxx

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jul 20Curtido por Juliana Gomes

Que soco, chorei lendo essa edição. Temos que ter muita força pra lutar por mudança...

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jul 20Curtido por Juliana Gomes

obrigada por compartilhar conosco tantas informações que d eoutra maneira seriam difíceis de serem adquiridas. É desolador ver que o pensamento colonial, escravagista e subserviente segue firme e forte no imaginário cultural brasileiro com tantos absurdos e ataques à nossa saúde e ducação perpretados por grandes empresas, em maioria estrangeiras, e o famigerado agronegócio que trabalham contra a qualidade de vida da população.

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É realmente um absurdo as condições das escolas brasileiras. Todo mundo é a favor da educação (e, em tese, contra a corrupção), mas enquanto tiver gente que acha que o problema é a doutrinação marxista, o Paulo Freire ou os banheiros, e não a falta de alimentação e espaços de qualidade, de profissionais bem remunerados, de políticas de permanência e assistência, vai continuar precário, se não piorar. A gente devia estar discutindo prohetos agroecológicos nas escolas, relação com a comunidade e outras coisas mil, mas continuamos travados no mais básico.

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