Aprendi a fazer canjica com minha avó, num caldeirão de mais de 5 litros de capacidade, pois ela teve 12 filhos, muitos netos, etc... Mesmo depois da diáspora da família, seguiu fazendo canjica no mesmo caldeirão. Tenho memórias da infância, quando primas ficavam sob responsabilidade dela, junto comigo e minha irmã, que morávamos no mesmo terreno. E nas manhãs de canjica a gente formava uma pequena fila com canecas nas mãos, esperando o aval de dona Maria para que pudéssemos desfrutar da iguaria. Pois ela fazia com leite queimado! E fazia questão de comprar, ela mesma, quando ainda saía de casa, ou fazer a recomendação pra minha mãe, quando já não se locomovia bem o suficiente, para comprar o leite de saquinho. Que saudade de despalhar amendoim na peneira e depois moer pra engrossar a canjica! Por mais que tente repetir a receita, do jeitinho que ela fazia, nunca fica igual. Mas o cheiro sempre vale a pena, é o abraço que já não posso dar fisicamente.
Delícia e revolta, hahahaha. Saudade de pular fogueira em Santo Estevão, interior da Bahia, na casa dos meus tios. A rua sempre fez e faz até hoje concurso de quem arma a fogueira mais linda na porta de casa! Bom fim de semana❤️
Delícias à parte, triste cenário este das festas populares virarem diversão paga e com receitas duvidosas cheia do tal leite da moça.
Saudades das festas juninas de escola, das quermesse a com iguarias tradicionais.
Entretanto, como nunca vou me cansar de dizer, obrigada Juliana pela sua escrita sensacional, que me tiram lágrimas, risos e até gargalhadas, nem sempre nessa ordem.
Fiquei triste porque até agora não sabia da existência desse São João aqui. =(
E me surpreende esse consumo de ultraprocessados em Florianópolis. Na pesquisa Vigitel Brasil 2023, a cidade aparecia como a capital brasileira com o maior consumo de frutas e hortaliças.
Oiee. Tudo certo? Eu poderia pagar a versão anual por Pix? Pergunto porque não tenho cartão de crédito, mas queria muito contribuir. E fui picada pela curiosidade de ler as colheradas desse mês. Falou em Gilmore Girls, falou comigo, hehehe.
Fiquei com uma leve invejinha dessa festa por aí hahaha
Eu sempre gostei demais das festas juninas de escola. Desde criança, ia na minha e depois aproveitava as de todos os primos que eu pudesse também, mas nos últimos tempos, só decepção com as que fui em escolas =(
Esse ano minhas primas pequenas quiseram que eu fosse assistí-las dançarem quadrilha. Cheguei lá esperançosa, porque é uma escola antiga na cidade e imaginei que a festa seria melhorzinha, mas quebrei a cara logo que entrei. Pra começar, não tinha fichinhas pra comprar. Era preciso fazer um cartão, que tinha uma taxa de cadastro de 5 reais, e depois carregar com os créditos pra passar nas maquininhas das barracas. Já achei um mau sinal. E nada de famílias da comunidade vendendo seus quitutes caseiros. Todas as barracas pertenciam a uma mesma empresa e nada era artesanal Quase tive um troço quando pedi um milho cozido e me entregaram milho de latinha murcho e requentado (e ainda assim, frio) servido num pratinho de isopor. Na barraca de doces, quase nenhum era tradicional. Não tinha cocada, bolo de milho, maçã do amor, nem pé de moleque.
E na hora das danças das crianças, depois de cada turma se apresentar tinha uma pausa, que, a principio, achei que era para as famílias tirarem fotos, mas aí eu ouvi a narradora anunciando: "agora esperem um pouquinho papais, não entrem na quadra ainda, as professoras vão organizar as crianças para as fotos do nosso marketing". Jamais imaginei passar tanto nervoso numa festa junina.
Sorte que ainda tem umas de rua pra salvar e minha tia sempre anima de fazer na casa dela também. Esse ano ainda não fizemos porque o contexto está atribulado por aqui, mas de julho não passa! Farei essa receita de canjica, que já é minha responsabilidade há anos, e, agora que você compartilhou, animei de tentar o cuscuz de tapioca também!
Muito boa essa edição da news, Ju! Adoro quando você retoma essa matéria (primorosa) d'o Joio sobre o leite moça porque ajuda a nutrir o ódio pela Nestlé, sempre necessário hahahaha. E muito interessante essa notícia sobre o sachê dos cientistas ugandenses pra conservação das frutas!
Ah! Em um post da Juliana ela fala do gostinho de doce que o açúcar dá e que acabamos buscando em outros alimentos com adoçantes. Só que é difícil o cérebro não buscar esse gostinho porque é dá glicose que extraímos a energia. Quanto mais rápido ela vier, mais o cérebro curte (dopamina em ação) e mais queremos. É o mesmo caminho de algumas drogas como a cocaína e o crack. E a indústria sabe disso!
Eita, demonizaram o Leite da Moça! Brincadeiras à parte, as minhas 4 turmas de CEJA (centro de educação de jovens e adultos) fizeram uma avaliação da quantidade de açúcar consumida por dia e foi bem maior do que os 50g diários recomendados pela OMS. Na média, 40% maior. É açúcar no café, no bolo e no suco. Açúcar do refrigerante, do achocolatado, do biscoito recheado e mesmo das frutas.
Também tenho sentido essa redução das festas juninas Ju, antigamente até no posto de saúde a gente fazia, as escolas tinham festas abertas ao público, etc e tals. Esse ano não teve uma única festa junina na minha cidade que eu pudesse ir, todas que tive conhecimento foram privadas. O jeito foi fazer em casa os quitutes juninos, o bom é que ai sobra pra comer por vários dia hehe
Amei demais, pra variar, esta edição. E sem palavras para as receitas, pra lá de deliciosas, me levaram à minha infância e adolescência tão rápido quanto comer uma pamonha quentinha saída do panelão ☺️😋🤤
Aprendi a fazer canjica com minha avó, num caldeirão de mais de 5 litros de capacidade, pois ela teve 12 filhos, muitos netos, etc... Mesmo depois da diáspora da família, seguiu fazendo canjica no mesmo caldeirão. Tenho memórias da infância, quando primas ficavam sob responsabilidade dela, junto comigo e minha irmã, que morávamos no mesmo terreno. E nas manhãs de canjica a gente formava uma pequena fila com canecas nas mãos, esperando o aval de dona Maria para que pudéssemos desfrutar da iguaria. Pois ela fazia com leite queimado! E fazia questão de comprar, ela mesma, quando ainda saía de casa, ou fazer a recomendação pra minha mãe, quando já não se locomovia bem o suficiente, para comprar o leite de saquinho. Que saudade de despalhar amendoim na peneira e depois moer pra engrossar a canjica! Por mais que tente repetir a receita, do jeitinho que ela fazia, nunca fica igual. Mas o cheiro sempre vale a pena, é o abraço que já não posso dar fisicamente.
Já fiquei com vontade de fazer as receitas HOJE haha
Delícia e revolta, hahahaha. Saudade de pular fogueira em Santo Estevão, interior da Bahia, na casa dos meus tios. A rua sempre fez e faz até hoje concurso de quem arma a fogueira mais linda na porta de casa! Bom fim de semana❤️
Delícias à parte, triste cenário este das festas populares virarem diversão paga e com receitas duvidosas cheia do tal leite da moça.
Saudades das festas juninas de escola, das quermesse a com iguarias tradicionais.
Entretanto, como nunca vou me cansar de dizer, obrigada Juliana pela sua escrita sensacional, que me tiram lágrimas, risos e até gargalhadas, nem sempre nessa ordem.
Boas férias pra família 🧡🧡🤎
bom sábado ju! mais um fds acordada pelos gatos, vim ler o jornal cedinho <3
Fiquei triste porque até agora não sabia da existência desse São João aqui. =(
E me surpreende esse consumo de ultraprocessados em Florianópolis. Na pesquisa Vigitel Brasil 2023, a cidade aparecia como a capital brasileira com o maior consumo de frutas e hortaliças.
Oiee. Tudo certo? Eu poderia pagar a versão anual por Pix? Pergunto porque não tenho cartão de crédito, mas queria muito contribuir. E fui picada pela curiosidade de ler as colheradas desse mês. Falou em Gilmore Girls, falou comigo, hehehe.
Fiquei com uma leve invejinha dessa festa por aí hahaha
Eu sempre gostei demais das festas juninas de escola. Desde criança, ia na minha e depois aproveitava as de todos os primos que eu pudesse também, mas nos últimos tempos, só decepção com as que fui em escolas =(
Esse ano minhas primas pequenas quiseram que eu fosse assistí-las dançarem quadrilha. Cheguei lá esperançosa, porque é uma escola antiga na cidade e imaginei que a festa seria melhorzinha, mas quebrei a cara logo que entrei. Pra começar, não tinha fichinhas pra comprar. Era preciso fazer um cartão, que tinha uma taxa de cadastro de 5 reais, e depois carregar com os créditos pra passar nas maquininhas das barracas. Já achei um mau sinal. E nada de famílias da comunidade vendendo seus quitutes caseiros. Todas as barracas pertenciam a uma mesma empresa e nada era artesanal Quase tive um troço quando pedi um milho cozido e me entregaram milho de latinha murcho e requentado (e ainda assim, frio) servido num pratinho de isopor. Na barraca de doces, quase nenhum era tradicional. Não tinha cocada, bolo de milho, maçã do amor, nem pé de moleque.
E na hora das danças das crianças, depois de cada turma se apresentar tinha uma pausa, que, a principio, achei que era para as famílias tirarem fotos, mas aí eu ouvi a narradora anunciando: "agora esperem um pouquinho papais, não entrem na quadra ainda, as professoras vão organizar as crianças para as fotos do nosso marketing". Jamais imaginei passar tanto nervoso numa festa junina.
Sorte que ainda tem umas de rua pra salvar e minha tia sempre anima de fazer na casa dela também. Esse ano ainda não fizemos porque o contexto está atribulado por aqui, mas de julho não passa! Farei essa receita de canjica, que já é minha responsabilidade há anos, e, agora que você compartilhou, animei de tentar o cuscuz de tapioca também!
Muito boa essa edição da news, Ju! Adoro quando você retoma essa matéria (primorosa) d'o Joio sobre o leite moça porque ajuda a nutrir o ódio pela Nestlé, sempre necessário hahahaha. E muito interessante essa notícia sobre o sachê dos cientistas ugandenses pra conservação das frutas!
Um abraço apertado e boa semana por aí!
Ah! Em um post da Juliana ela fala do gostinho de doce que o açúcar dá e que acabamos buscando em outros alimentos com adoçantes. Só que é difícil o cérebro não buscar esse gostinho porque é dá glicose que extraímos a energia. Quanto mais rápido ela vier, mais o cérebro curte (dopamina em ação) e mais queremos. É o mesmo caminho de algumas drogas como a cocaína e o crack. E a indústria sabe disso!
Eita, demonizaram o Leite da Moça! Brincadeiras à parte, as minhas 4 turmas de CEJA (centro de educação de jovens e adultos) fizeram uma avaliação da quantidade de açúcar consumida por dia e foi bem maior do que os 50g diários recomendados pela OMS. Na média, 40% maior. É açúcar no café, no bolo e no suco. Açúcar do refrigerante, do achocolatado, do biscoito recheado e mesmo das frutas.
Também tenho sentido essa redução das festas juninas Ju, antigamente até no posto de saúde a gente fazia, as escolas tinham festas abertas ao público, etc e tals. Esse ano não teve uma única festa junina na minha cidade que eu pudesse ir, todas que tive conhecimento foram privadas. O jeito foi fazer em casa os quitutes juninos, o bom é que ai sobra pra comer por vários dia hehe
Amei as receitas! Estava dois pra comer um manguzá sem leite e não sabia fazer 🫶
Amei demais, pra variar, esta edição. E sem palavras para as receitas, pra lá de deliciosas, me levaram à minha infância e adolescência tão rápido quanto comer uma pamonha quentinha saída do panelão ☺️😋🤤
Pamonha é uma das coisas mais gostosas pra mim, adorei a receita do livro. Boas (e merecidas) férias pra ti!
8h20 da madrugada, vim comentar que maravilha de jornal junino, e já tem 3 comentários aqui!! Arrasaram!! 😍😂